Olá, meus caros. As cidades estão crescendo a um ritmo sem precedentes em todo o mundo, com mais da metade da população global vivendo em áreas urbanas atualmente. Esse rápido aumento da urbanização apresenta desafios significativos, mas também oferece oportunidades para repensar e transformar nossas cidades em ambientes mais eficientes, economicamente atrativas e sustentáveis. O conceito de cidades inteligentes surge como uma resposta inovadora para enfrentar esses desafios e criar um futuro urbano melhor. É este tema que abordo hoje.
Cidades inteligentes são comunidades urbanas que utilizam tecnologia, dados e inovação para melhorar a qualidade de vida dos habitantes, impulsionar o desenvolvimento econômico e reduzir o impacto ambiental.
Estas cidades aplicam soluções integradas para diversos setores, como transporte, energia, saúde, segurança e meio ambiente buscando tornar os serviços urbanos mais eficientes, acessíveis e sustentáveis.
É o caso, por exemplo, de implantação de semáforos inteligentes que ajudam a organizar o transito, um sistema de transporte público que se possa saber a qualquer momento o quanto falta para seu ônibus chegar, integração de modos de transporte, estímulo ao uso de bicicletas e veículos elétricos.
Outro exemplo é o relacionamento do cidadão com a prefeitura que precisa ser feito de forma digital, desde a solicitação e o acompanhamento de qualquer serviço ou o recolhimento de taxas. Cidade que já conseguiu isso é Pindamonhangaba em São Paulo. Lá não existe mais papel. Tudo digitalizado.
E mais ainda. A implementação de sistemas de vigilância inteligente, que permitam a análise de dados para prevenção criminal e resposta rápida a incidentes para garantir a segurança dos cidadãos é outra medida que redução de custos e aumento da eficiência.
Medidas nestes três segmentos: segurança pública, gestão municipal e mobilidade urbana são pilares do que é uma cidade inteligente. Mas estão longe de esgotar as possibilidades de implantação de soluções tecnológicas a serviço do cidadão.
Pra termos uma ideia do potencial de medidas desta natureza, A Technavio, empresa de pesquisas com sede em Londres, divulgou em recente relatório que as cidades inteligentes podem movimentar US$ 2,1 trilhões em 2024 e estima que, somente para adequar a infraestrutura necessária, devem ser investidos US$ 56 bilhões nos próximos quatro anos.
A edição de 2023 do ranking Connected Smart Cities (CSC), coloca Londrina como a 19ª posição entre 656 municípios analisados, sendo que do mesmo porte (entre 500 mil e 1 milhão de habitantes) estamos atras de Florianópolis (1ª) e Niteroi (5ª).
É dentro deste ambiente que Londrina vai sediar entre os dias 23 e 24 deste mês o 9º Congresso para Cidades Digitais e Inteligentes, esta é uma excelente oportunidade para troca de experiências e apresentações de soluções inovadoras.
Londrina tem uma excelente oportunidade de usar a tecnologia como alavanca de inovação mas é preciso que tal movimento ganhe tração com o engajamento efetivo do setor público e privado.
Pensa nisso, te vejo na próxima coluna e até lá se cuida.
Dr. Marcos J. G. Rambalducci, Economista, é Professor da UTFPR. Escreve às segundas-feiras.